segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Juliana Juk e a Reunião Anual da SRAi 2016

O que é EraComons? Onde acho o Uniforme Guidline? Que tipo de projeto é o RO1? Como funcionam os subcontratos? Estas foram algumas das perguntas que me fiz quando tive um projeto com recurso internacional.
Saber onde buscar as respostas (e as perguntas) nem sempre está há um click. Mesmo na era do Google. Mas foi a partir do site da BRAMA que descobri a Society fof Research Adminitrators International (srainternational.org). A SRA é uma instituição que reúne administradores de pesquisa de diversas universidades do mundo.
Foi na reunião anual, que aconteceu em San Antonio (Texas), entre os dias 22 e 26 de outubro que pude conhecer as estruturas de administração de pesquisa de universidades como a John Hopkins, Duke e London School, e mergulhar em algumas das mais de 100 palestras e 20 workshops disponíveis. Um mundo de capacitação e troca de ideias se concentrou por lá.
As universidades nos Estados Unidos trabalham com estruturas incríveis, organizadas em times com diferentes habilidades para auxiliar os pesquisadores no gerenciamento das pesquisas. Neste congresso as melhores práticas ligadas ao gerenciamento de equipes, montagem de orçamentos e negociações internacionais foram largamente discutidos.  
Estou na área de gerenciamento de projetos há 12 anos e as capacitações que participei focavam práticas ligadas a TI e Construção Civil, as áreas que mais contratam gerentes de projetos. Desde 2009 atuo em projetos de pesquisa e poucas foram as ofertas de formação na área de gestão que tivessem a pesquisa científica como eixo central.
Duas especiais palestras no SRA me deram a sensação de que valeu o investimento. Conhecer o processo de avaliação do NIH na palestra Grant Writing for Sucess and Undersatnding National Institutes of Health Peer Review, valeu o tempo e as aulas de Inglês. E conhecer a corajosa Marianne Hasssan, que se mudou para a Khalifa University, em  Abu Dhabi  falando na palestra International Awards: From Both Sides of the Table, onde ela contou sua experiência de negociar com diferentes países. Uma das práticas que ela compartilhou foi sua preocupação quando um pesquisador diz que desenvolverá um projeto em colaboração com outro país, “Eu não estou interessada se o colaborador tem conhecimento técnico para conduzir a pesquisa. Certamente isso já foi avaliado pelo professor da minha universidade. Mas quero saber quem é o staff dele, como trabalha seu escritório de apoio. Quais são as regras daquele país para contratos e sub contratos.”  Tive a certeza de estar no lugar certo.
De acordo com o Project Management Institute (PMI) gerentes de projetos são agentes de mudanças, que trabalham bem sob pressão e se sentem confortáveis diante de mudanças e da complexidade de ambientes dinâmicos.
Olhando para a estrutura de apoio aos pesquisadores, que as universidades no Brasil tem, assim como a dinâmica das agências de fomento, eu não tenho dúvidas de que somos esta pessoa descrita pelo PMI. E acredito que se nos organizarmos e aproveitarmos uma rede voltada para a construção, como esta que temos na BRAMA, seremos ainda mais produtivos.
Faça valer cada centavo e cada segundo de investimentos em sua carreira. Como? Compartilhando.  A multiplicação é exponencial.

Juliana e o "Super Administrator", na Reunião Anual da SRAi, San Antonio, Texas, EUA, 2016.

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